sábado, 6 de junho de 2015

04/06/2015: fiquei uns dias sem escrever porque estava correndo atrás de algumas coisas, daí faltou tempo. Enfim, tenho algumas coisas que considero relevantes, portanto vale a pena relatar: bem, Daniel está bem, agora ele aprendeu a gargalhar, fica sozinho numa alegria que contagia quem vê, gracinha de tudo. E também, uma coisa muito importante: conseguimos matriculá-lo na Escola. Isso mesmo, escola. É a chamada Estimulação precoce, destinada à todas as crianças que por alguma razão eles acham que correm o risco de terem algum prejuízo no desenvolvimento e devem, portanto, serem ajudadas para conseguirem, aos 4 aninhos entrar na educação infantil junto às outras crianças. Fui lá e fiquei muito satisfeita com os profissionais que vão trabalhar com ele e com a estrutura física da escola. Tem piscinas, sala de informática, brinquedoteca, espaça para aprenderem teatro, e muitas outras coisas legais. Penso que ele será muito feliz lá. E o mais legal é que ele terá acompanhamento garantido nas escolas da Rede Pública, que são, de longe, melhores que as particulares no que concerne educação especial, afinal, esta não proporciona o lucro, que é a finalidade de elas existirem. Durante esses dias, aos poucos, fico sabendo, ou pelo menos ouço falar, de possíveis complicações que uma pessoa com síndrome de down pode ter. falaram-me que umas podem ter algum tipo de comprometimento na estrutura da coluna que impossibilitaria a crianças ter alguns impactos, daí não poderia pular, ser jogada para o alto e coisas assim. Provavelmente o pediatra deve pedir isso na próxima consulta, que será dia 15/06. Acho ponco provável que ele tenha, por causa da força e coordenação que ele já tem do pescoço e da coluna, que é muito para a idade, então nem estou muito preocupada com isso. Nessa ocasião eu também o consultarei sobre algo que tem me preocupado, que é o fato de ele está fazendo pouco cocô, isso desde que tomou a vacina contra o rotavírus, então até acho que pode ter algo a ver. Dias desses também fiz algumas reflexões baseadas em outros blogs que visitei, de pais que também têm crianças com Down. Em um deles li um texto que gostei muito. A mãe relatava o incômodo que sentia diante da utilização do pronome 'eles', utilizado pelas pessoas ao se referirem às pessoas com Down. Ela falava da generalização, que alguns adjetivos eram constantemente atribuídos aos donw, carinhosos, agressivos (?), dentre outros. Da minha parte, considero sim um problema, mas isso não é só com os down. Vejo por aí falarem que gays são promíscuos, que pobre é barraqueiro, que mulher gosta de bolsa e sapato. Isso de modo geral me incomoda um pouco, por isso achei pertinente a colocação da mãe. Mas também, observando a reação das pessoas com quem converso sobre Daniel, percebo uma falta de traquejo, um certo esforço até, para serem delicadas, gentis, então não me incomodo, absolutamente, com a falta de traquejo. Tenho paciência e disponibilidade em ajudar, até porque, percebo interesse e carinho das pessoas próximas, que sempre gostam do Daniel, que é uma criança adorável. O que me incomoda é só quando rola adjetivos que chegam a ser grosseiros, tipo 'doente'. Isso vindo de uma pessoa adulta não dá. Nem sei se vale a pena em casos assim tentar mostrar à pessoa que ela precisa ver as coisas de forma mais compatível ou se é o caso de ignorar. Talvez a segunda opção seja melhor, afinal, quero contribuir, mostrar através da minha experiência, coisas sobre o assunto, mas não espero fazer milagre. É uma cultura que vai ser mudada, sim, que tem mudado, mas de forma gradual, com várias contribuições. A internet tem tido um papel fundamental nesse processo. A internet, na verdade, torna tudo possível, cabe a nós selecionarmos o que queremos. Sabendo fazer, é possível ir longe. Outro registro que quero fazer é sobre a forma que que a coordenadora da escola do Daniel falou da síndrome de Down: o cromossomo a mais é o CROMOSSOMO DO AMOR. Achei lindo demais. Acho que esse cromossomo do amor, faz com que todos em volta vejam o mundo com mais amor. Tem sido assim conosco, mas não nego que tenho lá minhas preocupações. Não estou sempre segura de tudo. Forte, sim, mas aprendendo sempre. E já que nunca saberei tudo, a insegurança vai rolar em várias situações ainda, nas desconhecidas, que nem ocorre com todo mundo. Daniel é sem dúvida um menino abençoado por Deus (não tenho religião, mas acredito em Deus). Temos conseguido todo acompanhamento da saúde e educação dele pela Rede Pública (reclamei da dificuldade em conseguir a vaga na escola, mas é que sou meio ansiosa, gosto de conseguir as coisas pra ontem, o que tem um lado bom, já que tendo a amolar muito até conseguir as coisas que quero), temos recebido muito apoio de várias pessoas queridas, as pessoas boas, que são as que realmente importam. As escrotas a gente deixa pra lá, que de energia ruim a gente tem que correr.

Um comentário:

  1. Lu!

    Consegui ler a primeira postagem do Blog do Daniel! e, tenho que te dizer que, enqto procurava o link no google, vi algumas imagens e logo reConheci a carinha dele numa foto de roupinha laranja: Daniel é muito parecido com você e os irmãos!!
    É lindo!!

    Vi suas preocupações quanto ao intestino e, eu, desde a gravidez, iniciei uma pesquisa que mostra ser uma Boa Alimentação a base para termos e darmos harmonia ao corpo!

    Das últimas pesquisas (porque depois que eles nascem continuam os estudos!), vi estatísticas absurdas que estamos chegando, com a permissividade do uso de aditivos quimicos em nossos alimentos, além dos industrializados e que, agrotóxicos, transgênicos e hormônios têm sido os vilões NEUROTÓXICOS, que aumentam os índices de transtornos, síndromes, questões cerebrais, nervos e estruturais, além de demais doenças adquiridas, como é o caso do câncer.
    O consumo de Alimentação biológica é fundamental e tem diminuído sintomas, como a impaciência, ansiedade e irritabilidade, encontrados, além de questões fisiológicas. Para tal, como não dou conta de comprar orgânicos, senti uma grande diferença, e positiva!, ao retirar carnes, leite e todos os derivados e diminuindo os farináceos, dando mais oportunidade para os alimentos integrais, já que as fibras e os nutrientes de alimentos crus ou pouco cozidos (Frutas, Verduras, Legumes, Sementes) regulam nosso organismo.
    Lembro que se perdem 80% dos nutrientes no cozimento e 40%, quando há agrotóxicos ou hormônios!

    Vou ficar mais atenta ao que se refira à Síndrome de Down e vamos trocar muito, ainda!

    super beijosssss pra vcs tds!

    Caliandra!

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